quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Fábrica de realidade?

Por Lucas Rocha




Mais que informar um fato ocorrido, a notícia tem como objetivo um olhar crítico e que seja de interesse social para o leitor. Para que isso seja feito de forma eficaz, existe todo um processo como pesquisas sobre os consumidores dos meios de comunicação de massa, utilizando teorias e recursos próprios de uma redação jornalística.

Mesmo que as teorias de comunicação sejam uma linha evolutiva que busca atender os fenômenos sociais ocorridos durante a história, pontos importantes ainda são usados daquelas consideradas ultrapassadas. É o exemplo da Teoria Hipodérmica, que acreditava na manipulação do indivíduo isolado e frágil, mas que estruturou um ato de comunicação com o emissor da mensagem, qual mensagem pretendia ser passada, através de qual meio de comunicação, e a quem receberia essa mensagem. Um esquema que pode ser relacionado ao estudo do tipo de leitor e forma de divulgar informações de um determinado veículo de comunicação.

Um ideal prático e talvez até mesmo óbvio é o da Teoria do Espelho onde diz que o jornalista é um comunicador desinteressado, que faz um bom jornalismo sem qualquer interferência representando a realidade em sua forma fiel como um espelho reproduz sua imagem. Em contrapartida é muito discutido a Espiral do Silêncio que discute a expressão de uma opinião publicamente diferente da maioria e de líderes dominantes serem mal vistas pelo os outros, o que acaba na divulgação de um jornalismo que segue a linha de raciocínio de uma maioria, mesmo que nem sempre de bom senso.

Foto: Getty Images

Como uma forma de controlar essa suposta realidade construída pelo jornalismo, existe um diferencial, o Newsmaking que vai basear em três vertentes: a cultura profissional do jornalista, a organização do trabalho e os processos produtivos. Dessa forma, houve a necessidade de organizar o trabalho e os processos produtivos, o profissional encarregado vai ter como função selecionar o que pode ser notícia, elaborar formas de relatar e principalmente organizar os fatos para que sejam informados da melhor maneira. Juntamente, essas perspectivas entre outras existentes, colaboram para o direito mínimo do indivíduo de se informar ou simplesmente acreditar.

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