segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O futuro na ponta dos dedos

Foto: Disponível no site http://www.zagg.com/
Com a evolução tecnológica e o surgimento de novas plataformas como tablets e smartphones, começa a necessidade de adaptar o conteúdo e a interatividade já existente da internet para esse novo modo de utilização. Esses produtos inovam pela adaptação ao “cotidiano frenético” das pessoas, sendo uma forma prática de consultar serviços e informações.
Esse material deverá atender as múltiplas funcionalidades que o uso do touch screen permite ao usuário, como o “zoom” e a facilidade de acessar pontos em uma mesma informação. Além disso, deverá ter um diferencial do conteúdo produzido para internet tradicional, estimulando o aumento do consumo desses produtos.
Atualmente existe a interação dos indivíduos com os meios de comunicação de uma maneira bem mais efetiva de participação nas informações, como por exemplo, através de manifestações em redes sociais. A facilidade de interação do leitor com a matéria e com o jornalista que a produziu, tornará esta opção um diferencial na comunicação, sobre o ponto de vista da participação.
Quanto à área de entretenimento, os aplicativos tendem a oferecer novos recursos não existentes no desktop e em notebooks, como a mobilidade de usar o aparelho a qualquer hora e lugar de forma prática. Essas novas adaptações serão uma das fundamentais para o processo de tornar familiar o que ainda não é tão conhecido aos demais.







Por Lucas Rocha e Poliana Micheletti.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

AIA - Construção da Notícia

Edição e texto introdutório por Matheus Ferraz

Ao nos depararmos com uma notícia pronta em jornais, revistas, internet ou noticiários televisivos, é difícil imaginar todo o processo que precede a divulgação daquelas informações. Existem uma infinidade de formas de se obter uma matéria, que pode vir da coleta de material em campo, entrevistas com especialistas ou até da própria experiência pessoal do jornalista. Figuras como o jornalista cultural ou esportivo costumam depender mais dos conhecimentos adquiridos por sua vivência do que em ensinamentos dados em uma sala de aula.

Assim, nossa equipe foi atrás de informações que sintetizem os diversos caminhos que a notícia pode seguir antes de chegar ao público. Clicando os links abaixo, você pode entender um pouco mais sobre o mundo do jornalismo, em suas mais diversas vertentes.

O Newsmaking

Foto: Per Foreby

Por Poliana Micheletti.


A abordagem do newsmaking é definida pelas perguntas: “Que imagem do mundo fornecem os noticiários televisivos? Como se associa essa imagem às exigências cotidianas da produção de notícias, nos organismos radiotelevisivos?” (Golding – Elliott, 1979, 1). Nesta abordagem articula-se a organização do trabalho e dos processos produtivos no Jornalismo. O objetivo de selecionar tornou-se mais difícil devido a uma característica posterior dos acontecimentos. Cada um deles pode exigir ser único, fruto de uma conjunção específica de forças sociais, econômicas, políticas e psicológicas.

Nos órgãos de informação, para produzirem notícias, devem cumprir três obrigações:
  • Tornar possível o reconhecimento de um fato desconhecido como acontecimento notável.
  • Elaborar formas de relatar os acontecimentos que não tenham em conta a pretensão de cada fato ocorrido a um tratamento idiossincrásico.
  • Organizar, temporal e espacialmente, o trabalho.

Há as restrições ligadas à organização do trabalho, sobre as quais se criam convenções profissionais, estabelecendo assim, um conjunto de critérios, de relevância que definem a noticiabilidade de cada acontecimento. Esta é avaliada quanto ao grau de integração que ele apresenta em relação ao curso, normal e rotineiro, das fases de produção. No entanto, noticiabilidade é o conjunto de elementos através dos quais o órgão informativo controla e gere a quantidade e o tipo de acontecimentos, de entre os quais há que selecionar as notícias. Na seleção dos acontecimentos a transformar em notícias, os critérios de relevância funcionam conjuntamente. Os valores/notícia são critérios de relevância espalhados ao longo de todo o processo de produção, servindo para operarem de maneira peculiar. Estes derivam pressupostos implícitos ou de considerações relativas: a) às características substantivas da notícia; b) à disponibilidade do material e aos critérios relativos ao produto informativo; c) ao público; d) à concorrência.

Os critérios substantivos articulam-se em dois segmentos: a importância e o interesse da notícia. E é determinado em quatro variáveis, entre elas: 1) Grau e nível hierárquico dos indivíduos envolvidos no acontecimento noticiável; 2) Impacte sobre a nação e sobre o interesse nacional; 3) Quantidade de pessoas que o acontecimento envolve; 4) Relevância e significatividade do acontecimento quanto à evolução futura de uma determinada situação.

Os critérios relativos ao produto dizem respeito à disponibilidade de materiais e às características específicas do produto informativo. Os critérios relativos ao meio de comunicação estão diretamente associados a todos os critérios de relevância relativos ao público, quanto à finalidade de entreter, quanto de fornecer um produto interessante. Os critérios relativos ao público tratam-se de um aspecto difícil de definir, pois é rico em tesões opostas. Mas existe o aspecto da proteção, ou seja, a não noticiabilidade de fatos ou acontecimentos cuja cobertura informativa provocaria traumas ou ansiedade no público ou feriria sua sensibilidade ou seus gostos. Nos critérios relativos à concorrência, segundo Gans, a situação de competição dá origem a três tendências que, se refletem sobre alguns dos valores/notícia, reforçando-os. Alguns são sempre relevantes, mas o número e a combinação pertinente para as notícias específicas variam. Isso significa que a “transformação” de um acontecimento em notícia é o resultado de uma ponderação entre avaliações relativas a elementos de peso, relevo e rigidez diferentes quanto aos procedimentos produtivos.

A Teoria Hipodérmica

Por Poliana Micheletti


A teoria hipodérmica é ultrapassada, nela predomina-se a manipulação, historicamente coincide com o período das duas Guerras mundiais e com a difusão em larga das comunicações de massa, representando a primeira reação que provocou entre os estudiosos de várias proveniências. Os elementos que a caracterizam são a novidade do próprio fenômeno das comunicações de massa e a conexão desse fenômeno com as trágicas experiências totalitárias desse período histórico. É uma abordagem global da mídia, a vertente “de comunicação” age completamente na teoria psicológica da ação. As pessoas eram consideradas alienadas, os valores (religião, família) começam enfraquecer. Há o efeito de ação e reação nos indivíduos, estudo do objeto em relação ao ambiente. Na teoria hipodérmica, a pessoa não poderia de alguma forma, evitar o que era passado/transmitido. Foi elaborado o Modelo de Lasswell na década de 30 “época de ouro”, da teoria hipodérmica, proposto em 1948, este modelo explicava que havia uma forma adequada para se descrever um ato de comunicação, que seria responder as perguntas:

Quem? (emissor)
Diz o quê? (mensagem em si)
Através de qual canal? (jornal/cinema)
A quem? (quem queria manipular)
Como?
(obter resposta ou não)

Com isso, a resposta não interferia no objeto. Essa teoria da ação, de cunho behaviorista (Estímulo- Resposta), tinha como estímulo, a condição primária, ou agente, da resposta. Estímulos que não produzem respostas não são estímulos. E uma resposta deve necessariamente ter sido estimulada. Tinha-se a consciência de que esse modelo era uma abstração analítica. A superação e a inversão da teoria hipodérmica se deram em três diretrizes diferentes, mas em muitos aspectos, interligadas e sobrepostas. A primeira e a segunda eram centradas em abordagens empíricas de tipo psicológico – experimental e de tipo sociológico, e a terceira é representada pela abordagem funcional à temática dos meios de comunicação, elaborando hipóteses sobre as relações entre o indivíduo, a sociedade e os M.C.M..

Fábrica de realidade?

Por Lucas Rocha




Mais que informar um fato ocorrido, a notícia tem como objetivo um olhar crítico e que seja de interesse social para o leitor. Para que isso seja feito de forma eficaz, existe todo um processo como pesquisas sobre os consumidores dos meios de comunicação de massa, utilizando teorias e recursos próprios de uma redação jornalística.

Mesmo que as teorias de comunicação sejam uma linha evolutiva que busca atender os fenômenos sociais ocorridos durante a história, pontos importantes ainda são usados daquelas consideradas ultrapassadas. É o exemplo da Teoria Hipodérmica, que acreditava na manipulação do indivíduo isolado e frágil, mas que estruturou um ato de comunicação com o emissor da mensagem, qual mensagem pretendia ser passada, através de qual meio de comunicação, e a quem receberia essa mensagem. Um esquema que pode ser relacionado ao estudo do tipo de leitor e forma de divulgar informações de um determinado veículo de comunicação.

Um ideal prático e talvez até mesmo óbvio é o da Teoria do Espelho onde diz que o jornalista é um comunicador desinteressado, que faz um bom jornalismo sem qualquer interferência representando a realidade em sua forma fiel como um espelho reproduz sua imagem. Em contrapartida é muito discutido a Espiral do Silêncio que discute a expressão de uma opinião publicamente diferente da maioria e de líderes dominantes serem mal vistas pelo os outros, o que acaba na divulgação de um jornalismo que segue a linha de raciocínio de uma maioria, mesmo que nem sempre de bom senso.

Foto: Getty Images

Como uma forma de controlar essa suposta realidade construída pelo jornalismo, existe um diferencial, o Newsmaking que vai basear em três vertentes: a cultura profissional do jornalista, a organização do trabalho e os processos produtivos. Dessa forma, houve a necessidade de organizar o trabalho e os processos produtivos, o profissional encarregado vai ter como função selecionar o que pode ser notícia, elaborar formas de relatar e principalmente organizar os fatos para que sejam informados da melhor maneira. Juntamente, essas perspectivas entre outras existentes, colaboram para o direito mínimo do indivíduo de se informar ou simplesmente acreditar.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Teoria da Cauda Longa

 A teoria da cauda longa identifica as distribuições de dados da curva de Pareto, onde o volume de dados é classificado de forma decrescente, defendendo que a cultura e a economia estão mudando de foco e deixando de se limitarem apenas aos “hits”, produtos que vendem muito no mercado (também conhecido com produto de “nicho”), oferecendo também os produtos que interessam um pequeno número de pessoas.
 Esses produtos de nicho quando somados atingem grandes números, transformando-se em um mercado lucrativo, e é possível por causa da internet, já que expor esses produtos nos sites custa o mesmo que expor os “hits”. Aplicando esta teoria ao jornalismo, percebemos que a internet ampliou o MCM e seus conteúdos. Qualquer pessoa com acesso a internet usa a mesma tecnologia que os sites e portais usam, igualando amadores e profissionais no meio jornalístico da Web.
 Estes fatores aumentam as fontes de informação, sendo que esta teoria é aplicada também em relação aos conteúdos, ou seja, agora qualquer indivíduo poderá divulgar informações na internet. Estas não estão mais restritas aos MCM, e com o avanço da era virtual, o jornalismo é ilimitado.
 Contudo, a internet proporciona que cada usuário escolha suas fontes de acordo com seus gostos e interesses. O baixo custo possibilita diversas formas e tipos de informação, indo além dos “hits”, formando a cauda longa do jornalismo. Essa mudança advinda da internet impulsiona as grandes mídias a se renovarem e se adaptarem às novas exigências do público consumidor virtual.



Esquema da Teoria da Cauda Longa

Por Poliana Micheletti.




5ª edição do FAD na capital mineira

 Entre os dias 1 de setembro a 2 de outubro foi realizada no Museu Inimá de Paula, localizado na rua da Bahia, 1201, Centro, a 5ª edição do Festival de Arte Digital (FAD), contemplando performances, instalações interativas, oficinas, workshops e debates. A programação foi gratuita.
Parasimétrica - Algoritmo das Cores. Foto: Júlio Firmino.
 Criado em 2007, o FAD é um projeto que explora a invenção de novas tecnologias no campo da arte e da comunicação, oferecendo ao público o melhor da produção brasileira e internacional, contribuindo para o incentivo à exibição e propondo uma reflexão acerca da nova produção de arte eletrônica no estado, no país e no mundo.
 O tema central da exposição foi a cinética, com relevância para o uso do digital, permanecendo presente mesmo que por vezes de forma periférica. O visitante teve acesso a trabalhos que dialogam entre si com proximidade. Obras que não estão relacionadas diretamente com o cinetismo não foram descartadas, pois representavam outras faces da arte digital atual.
Ada de Karina Smigla-Bobinski. Foto: Júlio Firmino.
 Em geral, foram apresentados 21 trabalhos, provenientes de seis países. A exposição foi dividida em dois segmentos, entre eles o FAD Galeria, que contou com as atrações: Hidrostatic Journey to the Origins of Consciousness de Brandon Barr (EUA), Parasimétrica – Algoritmo das Cores de Cadu Lacerda (Brasil–RJ), Nervous Structure de Cuppetelli and Mendoza (EUA), Sismo de Felipe Norkus (Brasil–RJ), Timelandscape – Wool Rhythms de Juliana Mori (Brasil–SP), Ada de Karina Smigla-Bobinski (Alemanha), La Marche de L’oursin / Nuage em Suspension / Leon de Laurent Debraux (França), Passo-a-Passo de O Grivo (Brasil-MG) e o Jardim do Tempo de Void (Portugal).
 No FAD Performance as atrações foram Loss-Layers de A.lter S.essio (França), Concerto para o Erro de Renato Negrão (Brasil-MG), Cicloritmoscópio de Aruan Mattos e Flavia Regaldo (Brasil-MG), Jardim das Gambiarras Chinesas de Duo N-1 (Brasil-SP), Do You Sync de Mikkel (Itália), [Q.N.S.N.S]² de Chico de Paula (Brasil-MG), Equações de ZoomB Laboratório Audiovisual (Brasil-SP) e Marginália 2 de Embolex (Brasil-SP).
Nervous Structure de Cuppetelli and Mendoza. Foto: Júlio Firmino.
 Contudo o Festival teve o patrocínio da Lei de Incentivo à Cultura, Petrobras, o co-patrocínio da Contax, produção do Mercado Moderno e o apoio cultural do Museu Inimá de Paula e TV Globo Minas.









 
Vídeo: Júlio Firmino.


 Por Poliana Micheletti.